Respeito à Criança e Adolescente.

RESPEITO À CRIANÇA E ADOLESCENTE:
COMO PODEMOS CRIAR ESTA CONEXÃO.

A nossa sociedade está mudando. As estruturas familiares são mais diversificadas, há mais espaço para expressões, pensamentos e atitudes não convencionais e, principalmente, pais e escolas começam a repensar o papel na educação das crianças deste século. Em tempos atuais é percebido que indivíduos, famílias e escolas estão constantemente em busca de informações que possam servir de base para uma sociedade que se expressa de forma mais democrática, criativa e dinâmica, com o objetivo de ensinar ferramentas práticas para o desenvolvimento de crianças e adolescentes que virão a ser cidadãos responsáveis, respeitosos e com recursos internos para contribuir com a sociedade. Todos precisam ser vistos e ouvidos, precisamos do reconhecimento de nossas emoções.

Mas a questão principal é a forma como nos conectamos com essas crianças e adolescentes. Queremos que eles se transformem em solucionadoras de problemas no futuro. Eles precisam de diversão e interação para crescerem de forma saudável, com a possibilidade de conversar com pessoas diferentes, viajar por locais desconhecidos, ter acesso à muita informação, poder compartilhar fotos com vários amigos, ver vídeos divertidos e usar jogos. A internet utilizada de maneira consciente nesse período de vida é um grande parque de diversões.

Criar filhos completamente alegres, inteligentes, responsáveis, educados, tolerantes, com boa autoestima, certamente são alguns dos desejos da maioria dos pais. Porém, infelizmente não existe uma fórmula que define como educar um filho da melhor maneira possível, garantindo que ele será uma criança e, posteriormente, um adulto com caráter admirável, sobretudo, uma pessoa totalmente feliz.

A forma com que os pais interagem com a criança deve priorizar o diálogo, a explicação das regras e de como elas são importantes para o bem comum. Os cuidadores devem ter autoridade, mas sem assumir uma postura autoritária. Um comportamento impositivo por parte dos pais faz com que a perspectiva da criança não seja considerada e que ela reproduza esse padrão comportamental sem empatia nas relações. Pais permissivos, por outro lado, são vistos como inconsistentes pelos filhos, que, diante de regras muito flexíveis, enxergam apenas seus próprios desejos e necessidades.

Qualquer psicólogo diria que a criança possui a tendência de copiar padrões de condutas que estão mais próximos, por esse motivo, retrata as atitudes que vivencia e observa. Não é punida pelos seus atos, mas protegida, por meio de procedimentos que a põe a salvo da discriminação, dos maus tratos e da exploração. Geralmente, guardam o medo e a timidez que ecoam negativamente. De uma forma ou de outra, eis que reproduzem os padrões do lugar em que vivem e das pessoas que convivem. A criança que convive vendo o pai agredir a mãe, bebendo e violentando-a verbal e fisicamente, tende a crescer achando que isso é normal, quando sabemos que não é.

As crianças e adolescentes, como princípio mínimo de cidadania, devem ser respeitados e assim aprenderão a respeitar o outro. A questão da cidadania é bem mais ampla do que podemos imaginar, vai além da mera participação política: votar e ser votado. As crianças e adolescentes têm de se sentir capazes e produtivos, para perceberem que são úteis aos anseios da sociedade, criando um sentimento de que podem fazer o bem, sem perguntar a quem. Dar limites aos filhos é demonstração de amor incondicional. A sociedade não tolera crianças e adolescentes desordeiros, cheios de mimos e sem regras. Os pais têm o dever moral de educar os filhos e isso tem a ver com limite/amor, caso contrário, estará sujeito a ver os filhos transgredindo a lei, respondendo a um processo em consequência de ações negativas.

As crianças e adolescentes refletem a nossa alma e reconhecem as nossas inseguranças e incertezas. Temos que ter a consciência de que somos responsáveis pelo equilíbrio, atos e estabilidade emocional desses indivíduos e tudo isso passa pelo binômio limite/cuidado que é reproduzido socialmente, mas que começa em casa, na relação entre pais e filhos.

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências.

SEDA, Edson; MOTTI, Antônio J. A. A criança e seu estatuto no Brasil. Campinas: Editoras Adês, 1998.

  

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